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As Ciências Experimentais na promoção da literacia cientifica turma AR8

Apresentação

A pandemia de COVID-19 pôs à prova alunos, professores e escolas, impondo a adaptação às aulas a distância, a novas tecnologias e a novos materiais, pese embora nem todos dispuséssemos das necessárias condições para superar os desafios que se colocaram. A Resolução do Conselho de Ministros nº 90 /2021, ao aprovar o Plano de Recuperação das Aprendizagens reconhece o enorme esforço empreendido pelas escolas e proporciona-nos um referencial fundamental para esta Oficina, ao advogar ações de alargamento da Rede Clubes Ciências Viva na Escola, enquanto recurso fundamental para o desenvolvimento curricular, pela integração de instrumentos de trabalho diversos, de atividades práticas e experimentais que potenciam as abordagens STEAM, contribuindo para uma visão holística dos temas a abordar (cf. ponto 1.3.5. do Plano 21/23 Escola+). É neste contexto que urge colocar à disposição dos alunos dos vários graus de ensino, um espaço como o do laboratório de Ciência Viva do AE Fernão de Magalhães, onde os grupos/turmas possam desenvolver competências múltiplas em atividades práticas e experimentais apelativas. Centrada na promoção da Literacia Científica, esta Oficina visa o desenvolvimento do gosto pela Ciência, desde a educação pré-escolar. A Educação STEAM tem-se revelado profícua no trabalho colaborativo entre docentes de diferentes níveis de ensino, sendo notório o interesse por uma maior capacitação para fortalecer a componente dedicada ao ensino experimental das ciências, relacionadas com a dia a dia. Esta abordagem reforça a articulação das aprendizagens essenciais, num percurso gradual de aquisição de conhecimentos e competências, atitudes e valores previstos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Destinatários

Professores dos Grupos de Recrutamento 110 e 230

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 110 e 230. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 110 e 230. No âmbito do Despacho n.º 4840/2023, publicado a 21 de abril de 2023 a ação de formação, releva na dimensão científico-pedagógica para a progressão da carreira docente Professores dos Grupos de Recrutamento 110 e 230.

Objetivos

• Adquirir competências experimentais na área das Ciências Naturais, Geologia e Biologia; • Produzir protocolos experimentais para utilização em sala de aula (com os alunos); • Refletir sobre as práticas; • Promover a dinamização do trabalho prático e experimental através da definição de cenários integrados de aprendizagem - melhorar as práticas no ensino experimental das Ciências. • Capacitar os docentes para esta visão holística do conhecimento científico – potenciar abordagens STEAM.

Conteúdos

A. Organização e planeamento da ação 1. Diagnose de competências e práticas; 2. Avaliação de necessidades e interesses; 3. Apresentação e debate dos objetivos da ação; 4. Indicação e distribuição de documentação e materiais de apoio. B. Conceitos e práticas do Ensino Experimental das Ciências 1. Introdução: • Regras básicas de segurança no laboratório • Ensino prático e experimental – conceitos • Método científico. Elaboração de relatório. Elaboração de V de Gowin. • O essencial é visível aos olhos com a ajuda do Microscópio ótico composto (MOC) – constituição mecânica e ótica e princípios básicos de funcionamento. a) Processos vitais comuns aos seres vivos. Transmissão de vida: reprodução nas plantas – germinação. b) Processos de germinação: técnicas, meios e dispositivos práticos, fatores que afetam a geminação – controlo de variáveis. Variáveis independentes e dependentes. c) Introdução à construção de um herbário. 2. Diversidade a partir da unidade - níveis de organização hierárquica a) A célula – unidade básica de vida b) Compreender a importância da classificação dos seres vivos – Reinos c) Aplicar a microscopia na descoberta do mundo invisível • Funcionamento do MOC. Ampliação, poder de resolução, profundidade de campo. • Observação de células procarióticas, eucarióticas, animais e vegetais. • Continuação do herbário. (Secagem de plantas obtidas na germinação) 3. O mundo invisível à nossa volta - agressões do meio e integridade do organismo a) Os microrganismos estão por todo o lado. b) Ação dos antisséticos c) Microrganismos, higiene e problemas sociais - compreender o papel dos microrganismos para o ser humano e na higiene e saúde humana. d) Diferenças entre vírus, bactérias e leveduras. e) Microbiologia alimentar: Microrganismos úteis – atividades práticas. Fabrico de pão e iogurte. f) Análise microbiológica do leite pasteurizado e cru – estudo comparativo 4. Sustentabilidade do Planeta - Explorando a geologia da nossa região a) Termas de Chaves - energia geotérmica e tratamentos termais. b) Visita de estudo. C. Aplicação em contexto de sala de aula (Trabalho autónomo) • Aplicação dos guiões em sala de aula e no trabalho desenvolvido com os alunos; análise de resultados, relatório/reflexão sobre essas atividades D. Avaliação dos formandos e da ação • Avaliação da ação; • Avaliação dos formandos.

Metodologias

As Sessões presenciais centram-se no aprofundamento do conhecimento sobre as atividades práticas e experimentais no ensino e aprendizagem das Ciências Naturais. Os módulos 1, 2, 3 e 4 serão ministrados nas sessões teórico-práticas com exposição de conteúdos, através do recurso a material de apoio audiovisual, laboratorial e da prática docente ativa (relatos da prática educativa, análise e partilha de experiências, resolução de problemas, pesquisa sobre os temas, conhecimento aprofundado dos instrumentos de intervenção). A última sessão presencial: apresentação da reflexão final sobre o trabalho desenvolvido, com hetero e autoavaliação sobre o impacte do projeto nas práticas educativas, no desenvolvimento das crianças/jovens e dos docentes. As Sessões de trabalho autónomo contemplam a realização de propostas específicas, decorrentes das sessões presenciais, e o apoio a distância, para que cada formando/a tenha a oportunidade de desenvolver as atividades propostas com os instrumentos de intervenção estudados. Estas sessões permitem associar a intervenção na prática letiva quotidiana, através da aplicação dos instrumentos trabalhados nas sessões presenciais e das estratégias definidas com o apoio online continuado, assegurado pelas formadoras.

Avaliação

Os formandos serão avaliados atendendo a: - desempenho nas atividades das sessões presenciais - trabalho desenvolvido com os alunos, a par do relatório/reflexão sobre essas atividades. Tomam-se por referência as orientações legais em vigor, nomeadamente no que concerne (i) Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais e (ii) Trabalhos práticos e reflexões efetuadas, de acordo com os critérios previamente estabelecidos, classificados numa escala de 1 a 10, com a seguinte correspondência qualitativa: 1 a 4,9 valores – Insuficiente; 5 a 6,4 valores – Regular 6,5 a 7,9 valores – Bom 8 a 8,9 valores – Muito Bom 9 a 10 valores – Excelente

Modelo

- Pelos formandos: resposta a um inquérito elaborado para esse efeito; - Pelas formadoras: resposta a um inquérito elaborado para esse efeito. Os resultados obtidos serão integrados no Relatório Anual do Plano de Formação do CFAEATB.

Bibliografia

Caraça, J. (2005). A insustentável leveza do saber. Despertar para a Ciência – as conferências de 2003 ( Em T. Lago et al. ). Lisboa: Gradiva. Galvão, C., Reis, P., Freire, A., & Oliveira, T. (2006). Avaliação de competências em Ciências: sugestões para professores do ensino básico e secundário. Porto: Asa Editores. Martins, I. P., Veiga, M. L., Teixeira, F., Tenreiro-Vieira, C., Vieira, R. M., Rodrigues, A. V., et al. (2007). Educação em Ciências e Ensino Experimental Formação de Professores (2ª Edição ed.). (M. d.-G. Curricular, Ed.) Lisboa: Tipografia Jerónimus, Lda Ramalho, G. ( 2003). Conceitos fundamentais em jogo na avaliação de Literacia científica e competências dos alunos portugueses - PISA 2000 . Mem Martins: Editorial do Ministério da Educação – Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação. Valadares, J. (s.d.). O ensino experimental das ciências: do conceito à prática: investigação/acção/reflexão. (U. Aberta, Ed.) Obtido em 23 de outubro de 2014, de http://proformar.pt/revista/edicao_13/ensino_exp_ciencias.pdf

Anexo(s)

Formador

Maria dos Prazeres Mendes Gonçalves Vinhais Guedes

Fernanda Ana Ribeiro Azevedo

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 11-10-2023 (Quarta-feira) 18:00 - 20:30 2:30 Presencial
2 13-10-2023 (Sexta-feira) 16:00 - 20:00 4:00 Presencial
3 20-10-2023 (Sexta-feira) 16:00 - 20:00 4:00 Presencial
4 27-10-2023 (Sexta-feira) 16:00 - 20:00 4:00 Presencial
5 03-11-2023 (Sexta-feira) 16:00 - 20:00 4:00 Presencial
6 08-11-2023 (Quarta-feira) 16:00 - 20:00 4:00 Presencial
7 10-11-2023 (Sexta-feira) 18:00 - 20:30 2:30 Presencial
Início: 11-10-2023
Fim: 10-11-2023
Acreditação: CCPFC/ACC-117981/22
Modalidade: Oficina
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 50 h
Local: None