Visitas de Estudo e Património: enriquecendo as Aprendizagens Essenciais turma F41

Apresentação

O Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória e as Aprendizagens Essenciais acarretam, inevitavelmente, a integração de metodologias ativas que induzam o aluno, através da aprendizagem pela descoberta e baseada em problemas, à construção e mobilização de saberes, bem como ao desenvolvimento de competências e valores consentâneos com os desafios da sociedade hodierna. Neste sentido, a aprendizagem não pode estar confinada apenas à sala de aula nem os conhecimentos serem entendidos de forma compartimentada, devendo os professores investir em projetos interdisciplinares como um valioso complemento e enriquecimento da ação educativa. De facto, os Domínios de Articulação Curricular e as visitas de estudo potenciam aprendizagens integradoras, significativas e duradouras, contribuindo para a formação de cidadãos mais interventivos, críticos e empreendedores. Além disso, abrir a escola ao exterior fomenta o contacto virtual e também in loco com o vastíssimo património natural, cultural (material e imaterial) e mundial, conferindo ao aluno um papel central no processo de ensino-aprendizagem, através de diferentes abordagens pedagógicas.

Destinatários

Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

- (Re)pensar a escola que temos e a escola que queremos, tendo em conta os normativos em vigor. - Refletir sobre as potencialidades pedagógicas das visitas de estudo. - Analisar as vantagens e constrangimentos do trabalho colaborativo. - Identificar, nas Aprendizagens Essenciais, temas potenciadores de projetos interdisciplinares, a nível local, nacional e internacional. - Fomentar o trabalho interdisciplinar no planeamento, implementação, avaliação e disseminação de Domínios de Autonomia Curricular e visitas de estudo. - Criar recursos e atividades de aprendizagem inovadores, com recurso ao digital. - Promover ambientes de trabalho e de aprendizagem inclusivos, estimulantes e criativos. - Promover o trabalho colaborativo, a partilha de saberes e de experiências pedagógicas.

Conteúdos

Módulo 1 – Da Escola real à Escola ideal: um caminho de inovação e colaboração (3 h síncronas) - Apresentação do formador, dos formandos e do curso de formação (organização, funcionamento e avaliação). - Expectativas e diagnose do grupo. - Construção de um portfólio digital. - A Escola que temos e a Escola que queremos. - Trabalho colaborativo: vantagens e limitações. - Visitas de estudo: conceito, enquadramento legal, procedimentos, potencialidades pedagógicas. Módulo 2 – Aprendizagem ativa: do Perfil do Aluno aos Objetivos da Agenda 2030 (3 h síncronas) - Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, Aprendizagens Essenciais, Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. - Aprendizagem passiva versus aprendizagem ativa. - Metodologia de projeto. - Aprendizagem baseada em problemas. - Operacionalização das Aprendizagens Essenciais através de projetos interdisciplinares. Módulo 3 – Explorando o Património (3 h síncronas) - Visitas virtuais: museus, monumentos, Centros Ciência Viva e outros espaços. - Visitas físicas: propostas a nível local, nacional e internacional. - Património natural, cultural (material e imaterial), mundial. Módulo 4 – Ferramentas e plataformas digitais (3 h síncronas) - Exploração de plataformas/ ferramentas digitais de suporte à aprendizagem, trabalho colaborativo, avaliação e divulgação de projetos. Módulo 5 – Interdisciplinaridade e projetos em DAC (3 h síncronas) - Domínios de Autonomia Curricular (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho): trabalho interdisciplinar e de articulação curricular no âmbito da gestão de flexibilidade do currículo. - Planificação, conceção e avaliação de um projeto em DAC, a nível local ou nacional. Módulo 6 – Projetos interdisciplinares internacionais (3 h síncronas) - Planificação de um projeto interdisciplinar de cariz internacional. Módulo 7 – Descoberta ativa, aventura e aprendizagem (3 h síncronas) - Visitas de estudo: roteiros e guiões. - Aprendizagem pela descoberta: caça ao tesouro/ peddy paper. Módulo 8 – Trabalho final e avaliação (4 h síncronas) - Apresentação do trabalho final. - Relatório de reflexão crítica. - Balanço do trabalho desenvolvido. - Avaliação do curso.

Metodologias

Na primeira sessão, far-se-á a apresentação do curso, das orientações para o portfólio digital, do guião para o relatório de reflexão crítica e do trabalho final, a par dos respetivos critérios de avaliação. Ao longo das sessões, centradas nas metodologias de aprendizagem por execução de tarefas, debate e reflexão crítica, fomentar-se-á o trabalho a pares e em grupo. Na abordagem das plataformas/ ferramentas digitais, o formador iniciará com um momento expositivo/ demonstrativo, em interação com os formandos. Seguidamente, os formandos passarão à sua exploração e criação de produtos. As propostas de trabalho colaborativo e interdisciplinar privilegiarão atividades integradoras, de cariz predominantemente prático, e sempre articuladas com os contextos e as experiências profissionais dos formandos, perspetivando-se novos rumos e metodologias que se traduzam em práticas inovadoras e criativas. O curso terá como suporte as plataformas Moodle e Zoom.

Avaliação

A avaliação realiza-se nos termos da legislação em vigor, expressa numa escala de 1 a 10 valores (Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio), tendo em conta os seguintes itens: - frequência obrigatória em dois terços do número de horas de duração do curso; - realização e publicação das tarefas propostas no Diário de aprendizagem da turma (50%); - elaboração e apresentação do trabalho final (30%); - produção de um relatório de reflexão crítica (20%).

Bibliografia

Almeida, A. (1998). Visitas de estudo – Conceções e eficácia na aprendizagem. Livros HorizonteCarvalho, A. (2020). Aplicações para dispositivos móveis e estratégias inovadoras na educação. ME – DGEDomingos, A. et al. (2019). O papel das visitas de estudo no desenvolvimento curricular integrado: o caso prático de um projeto transdisciplinar. II Seminário Internacional CAFTe - Currículo, Avaliação, Formação e Tecnologias educativas. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP)Rodrigues, A. L. (2019). Aprendizagem ativa – Como inovar na sala de aula. Lisbon International PressRoldão, M. C. & Almeida, S. (2018). Gestão Curricular – Para a Autonomia das Escolas e Professores. Coleção Autonomia e Flexibilidade Curricular. DGE

Formador

José António Flambó Afonso Batista

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 11-01-2026 (Domingo) 18:00 - 21:00 3:00 Online síncrona
Início: 14-01-2026
Fim: 18-03-2026
Acreditação: CCPFC/ACC-132699/24
Modalidade: Curso
Pessoal: Docente
Regime: e-learning
Duração: 25 h
Local: e-learning, via ZOOM