Apresentação

A participação em projetos de intercâmbio presenciais e/ ou a distância (como Erasmus+ e eTwinning) tem vindo a revitalizar e a ampliar o interesse pelas visitas de estudo que são, efetivamente, oportunidades de integração curricular com um impacto reconhecido na qualidade da aprendizagem e na formação holística dos alunos, ao contextualizar o conhecimento em atividades e projetos que cruzam várias disciplinas. Além disso, as visitas de estudo promovem o desenvolvimento profissional dos professores, o crescimento pessoal e social dos alunos e a interação entre a escola e a comunidade. As visitas de estudo são, portanto, atividades inclusivas e estratégias motivadoras, devido ao seu caráter envolvente, à convivência que proporcionam e às dimensões lúdicas e de gamificação que podem desencadear, consolidando e enriquecendo, assim, o processo educativo.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

- Divulgar o enquadramento legal das visitas de estudo, em contexto nacional e internacional. - Promover a realização de visitas de estudo que estejam alinhadas com o projeto educativo de Agrupamento/Escola, num paradigma de Educação Inclusiva e de incentivo à autonomia e flexibilidade curricular. - Facilitar a organização, execução e avaliação das visitas de estudo, considerando a diversidade dos participantes, a articulação curricular entre diferentes áreas disciplinares e as particularidades dos locais a visitar. - Consolidar os conhecimentos, as atitudes e as experiências de Cidadania ativa e europeia, desenvolvendo a sensibilidade estética e artística para uma vivência cultural informada. - Integrar plataformas e ferramentas digitais nas visitas de estudo. - Fomentar práticas inovadoras de ensino que incentivem a curiosidade, o espírito crítico e criativo, o trabalho colaborativo e a aprendizagem.

Conteúdos

Módulo 1 (4 h) - Apresentação do Curso - Organização, funcionamento e avaliação. - Enquadramento legal das visitas de estudo. - Documentação a facultar a (i) encarregados de educação; (ii) participantes; (iii) comunidade educativa. - Visitas de estudo em contexto educativo: potencialidades e constrangimentos. - Tipos de Visitas de Estudo. - A valorização do património artístico e cultural como ato de cidadania europeia. - Sequência de atividades: prévias (definição de objetivos; equipa responsável; elaboração do itinerário; contactos com as entidades/os locais a visitar), durante a visita (regras e normas de segurança, organização dos participantes; contacto com os encarregados de educação; registo das atividades), no regresso (construção da memória da visita de estudo; formas e meios de divulgação). - Recursos digitais a integrar na sequência de atividades planeada. Módulo 2 (18 h) - Etapas de participação numa visita de estudo internacional: Chaves, Córdoba, Setenil de las Bodegas, Ronda, Caminito del Rey, Granada. - A localidade como documento cultural: os vestígios materiais; a fauna e a flora; a água; os lugares históricos; as obras de arte; os textos históricos. Módulo 3 (3 h) - Elaboração de um plano de atividade colaborativo e interdisciplinar no âmbito inclusão e desenvolvimento de aprendizagens inovadoras. - Avaliação do Curso – questionários e breve reflexão a preencher pelo formador e formandos.

Metodologias

O Curso adota uma metodologia ativa e participativa para a consecução dos objetivos estabelecidos, em que se associam momentos de interação diferenciada: (1) momentos de caráter expositivo/exploratório com experimentação, em grupo, de ferramentas digitais (Crear tu avatar, Trading Card, QR Codes, Mentimeter, Tricider, quizzes…); (2) momentos de realização autónoma de propostas (visitas a locais selecionados, pesquisa orientada em documentação recolhida/facultada), apoiados pela disponibilização de guiões orientadores; e (3) momentos de debate/reflexão participada, com base no Diário de Bordo da Turma, gradualmente construído pelos participantes (Padlet ou Digipad). A avaliação do curso efetua-se através da análise das opiniões dos formandos e do formador obtida através de questionários online facultados na sessão final.

Avaliação

A avaliação realiza-se nos termos da legislação vigente, expressa numa escala de 1 a 10 valores (Despacho n.º 4595/2015 de 6 de maio), contemplando: - formação presencial com frequência obrigatória em dois terços do número de horas de duração da ação; - realização e publicação de desafios no Diário de Bordo digital (50%); - elaboração de um plano de atividade colaborativo e interdisciplinar no âmbito da inclusão e do desenvolvimento de aprendizagens inovadoras (30%); - produção de uma breve reflexão (20%).

Bibliografia

Legislação: Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho; Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho; Despacho n.º 6147/2019, de 4 de julho; Circular Informativa DGEstE 1/2017, de 22 de maioAlmeida, A. (1998). Visitas de estudo – Conceções e eficácia na aprendizagem. Livros HorizonteCarvalho, A. (2020). Aplicações para dispositivos móveis e estratégias inovadoras na educação. ME – DGEDomingos, A. et al. (2019). O papel das visitas de estudo no desenvolvimento curricular integrado: o caso prático de um projeto transdisciplinar. II Seminário Internacional CAFTe - Currículo, Avaliação, Formação e Tecnologias educativas. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP)Roldão, M. C. & Almeida, S. (2018). Gestão Curricular – Para a Autonomia das Escolas e Professores. Coleção Autonomia e Flexibilidade Curricular. DGE

Anexo(s)

Cartaz 2025

Roteiro

Informações

Formador

José António Flambó Afonso Batista

Cronograma